O tratamento de otimização hormonal constitui uma ferramenta médica que permite atrasar e reverter esta situação. Esta página pretende fornecer-lhe mais informação acerca dos sinais e sintomas (gerais, sexuais e sociais e mentais) que revelam o défice desta hormona, como fazer o autodiagnóstico dos seus níveis de Testosterona, o que esperar de um Tratamento de Reposição de Testosterona (TRT) e obter resposta às dúvidas sobre a segurança, riscos e precauções e associados a este método. Ficará ainda a conhecer as formulações disponíveis no mercado e a sua aplicação no contexto clínico.
TRT Homem
Embora seja uma hormona essencial tanto no homem como na mulher, são os homens que notam a deficiência dos níveis da Testosterona e os que manifestam queixas mais frequentemente.
Poderia dizer-se que é a TESTOSTERONA que torna o homem num ser masculino. É esta hormona que proporciona uma voz grave e profunda, músculos desenvolvidos e uma densa pilosidade facial e corporal.
A Testosterona estimula o crescimento dos órgãos genitais na puberdade, contribui para a produção de espermatozoides, promove a líbido — motivação sexual — e concorre para a obtenção de ereções normais. Estimula ainda a proteção dos glóbulos vermelhos ou eritrócitos, a boa disposição e favorece a capacidade cognitiva.
Com o passar do tempo, os níveis de testosterona no homem baixam ao ritmo de aproximadamente 1%/ano, em geral após os 30 anos de idade. Esta realidade deve-se ao facto de as células de Leydig (que produzem a maioria da Testosterona no organismo masculino), localizadas nos testículos, irem gradualmente diminuindo em número e eficácia. A tendência é para que, a partir dos 50 ou 60 anos, o homem comece a apresentar sinais e sintomas mais frequentes de baixos níveis de Testosterona.
Sinais e Sintomas do défice de Testosterona
Os níveis deficitários desta hormona traduzem-se em sinais e sintomas variados frequentemente designados de Hipogonadismo (“hipo” significa baixa função, “gonadismo” refere-se aos testículos — gónadas). Esta é uma situação que se acredita ser subdiagnosticada e muito menos tratada.
Sinais e sintomas gerais:
- Diminuição da energia;
- Redução da definição, força e volume da massa muscular;
- Perda de densidade óssea;
- Anemia;
- Ser acometido de calores noturnos (semelhantes aos das mulheres);
- Diminuição do tamanho das coxas, bíceps e ombros;
- Cansaço crónico associado a desleixo e desinteresse por si mesmo;
- Tendência para engordar e nada fazer, mesmo no plano profissional;
- Aumento da barriga, mesmo praticando exercício;
- Dores crónicas;
- Excesso de sono e inércia;
- Exaustão física;
- Perdas urinárias;
- Surgimento e crescimento de mamas.
Os sinais e sintomas que se descrevem são os referidos pelos pacientes que tratamos e/ou os que verificamos em exames.
Sinais e sintomas sexuais:
- Perda da motivação sexual (líbido/apetite sexual);
- Disfunção erétil;
- Diminuição do tamanho e/ou rigidez do pénis;
- Redução do volume/quantidade de esperma ejaculado;
- Ereções difíceis e insatisfatórias;
- Cansaço e “má figura” no plano sexual;
- Alheamento/esquecimento e desinteresse em relação às mulheres;
- Prostração e alheamento sexual;
- Aparecimento e crescimento de mamas;
- Dificuldade em atingir o orgasmo;
- Excitabilidade reduzida;
- Exaustão sexual.
Sinais e sintomas sociais e mentais:
- Dificuldade de concentração;
- Perda de memória;
- Tendências depressivas;
- Agressividade, conflituosidade, irritabilidade;
- Sensação de necessidade de uma “recauchutagem” geral;
- Perda de energia, de capacidade de trabalho e de liderança;
- Prostração;
- Sensação de tristeza, infelicidade e aprisionamento.
Como se faz o diagnóstico de défice de Testosterona?
O diagnóstico faz-se tendo por base o conjunto de sinais e sintomas sentidos pelo paciente, bem como pelos resultados das suas análises clínicas. As análises a ponderar podem ser a Testosterona Total, a Testosterona Livre, o Sulfato de DHEA, a SHBG (globulina de ligação às hormonas sexuais) e a DHT.
Realize o teste abaixo e verifique se apresenta, ou não, sinais e/ou sintomas de baixos níveis de testosterona.
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Os seus níveis de Testosterona estão ótimos!
Um homem é candidato a fazer tratamentos de modulação hormonal com Testosterona (TRT) para otimizar os seus níveis quando:
1 – Mostra sinais e sintomas de baixos níveis de Testosterona;
2 – O baixo nível de Testosterona é evidenciado no resultado das análises clínicas;
3 – Existem baixos níveis não só da Testosterona Total, mas também da Testosterona Livre, considerando, sempre que possível, o valor do Estradiol e da Dihidrotestosterona;
4 – Não existe diagnóstico de Prostatite e, caso esta já tenha estado presente, já se considere curada.
Porquê fazer Terapia de Reposição de Testosterona?
Além dos sinais e sintomas expostos, alguns homens referem ter a perceção de “baixa testosterona”. Outros dizem não apresentar “queixas”, embora sintam que necessitam de fazer algo para manter e melhorar a capacidade e energia. A TRT pode ainda ser usada na sequência de castração médica ou cirúrgica.
Vários estudos mostraram que o tratamento com Testosterona traz um amplo leque de benefícios para o homem com Hipogonadismo, incluindo o aumento da líbido, da capacidade e força da ereção, do ânimo, da capacidade cognitiva, da força e massa muscular, da densidade óssea e da produção dos eritrócitos, entre outros.
Quanto mais sintomas se manifestarem, maior a probabilidade de os níveis de Testosterona se revelarem baixos. Vários médicos desvalorizam estes sintomas, classificando-os como parte “normal” do processo de envelhecimento, o que nos homens mais idosos pode ser verdade. Ainda assim, estes problemas afiguram-se facilmente tratáveis e reversíveis. “Normal” não significa necessariamente saudável, desejável ou gerador de boa qualidade de vida. Significa, isso sim, que quase sempre é reversível e otimizável.
A controvérsia relativamente à TRT
Há 3 aspetos essenciais na discordância relativamente aos Tratamentos de Reposição da Testosterona: 1) o que é que podemos considerar um baixo nível de testosterona; 2) quando se justifica o tratamento com testosterona; e 3) quais os riscos para o paciente resultantes destes tratamentos. A maior parte do debate atual baseia-se na crença, de longa data, de que a Testosterona pode estimular o desenvolvimento de um cancro da próstata pré-existente.
Aparentemente, a maioria dos médicos receia promover a ocorrência do cancro da próstata ao prescrever TRT. Esta ideia surge porque há mais de 70 anos mostrou-se que baixar o nível de Testosterona em homens com cancro da próstata metastizado melhora a sua condição.
Este facto levou a pensar, por associação, que aumentar os níveis de Testosterona faria o cancro da próstata desenvolver-se. Embora esta tenha sido uma crença amplamente divulgada ao longo destas décadas, NINGUÉM encontrou outras evidências que apoiassem esta teoria.
Foram estudados cerca de 500.000 homens em cerca de 20 projetos de investigação deste género em todo o mundo. Nenhum desses estudos mostrou uma correlação definitiva entre o cancro da próstata e a Testosterona Total.
Há um aspeto a recordar e a sublinhar junto daqueles que possam estar preocupados com a eventual ligação dos elevados níveis de Testosterona e o cancro da próstata. Esta patologia vai-se tornando prevalecente à medida que os homens envelhecem e os níveis de Testosterona entram em declínio, sendo raríssima a incidência de cancro da próstata em jovens (nomeadamente na casa dos 20 anos), quando os níveis de Testosterona são mais elevados.
Tipos de administração/formulações farmacêuticas
Estudos preliminares antigos evidenciaram que o “Citrato de Clomifeno” e a “Gonadotrofina Coriónica”, medicamentos geralmente prescritos para estimular a ovulação na mulher em luta contra a infertilidade, pode estimular a produção de Testosterona natural (Testosterona Endógena – gerada no interior do organismo). Possivelmente estes fármacos também aumentam o número de espermatozoides, constituindo raras opções para o tratamento de homens com baixos níveis de testosterona que, simultaneamente, desejam aumentar o número de espermatozoides tendo em vista a paternidade.
As apresentações/formulações existentes para o tratamento de otimização dos níveis de Testosterona (TRT) incluem as seguintes técnicas:
- Injeção – a técnica mais antiga ainda em uso por ser a mais económica e por gerar bons níveis de Testosterona em quase todas as pessoas. Apresenta duas desvantagens: 1) a necessária aplicação regular de injeção intramuscular profunda; 2) um frequente efeito de “montanha russa” com acentuadíssima quebra dos níveis de testosterona entre o máximo e o mínimo. Esta ausência de equilíbrio nos níveis de testosterona faz-se acompanhar de um efeito semelhante e paralelo no respeitante às flutuações nos sintomas, com consequência no bem-estar e no desempenho e motivação sexuais, entre outros. O “pico” excessivo de nível de Testosterona leva frequentemente a uma resposta ineficaz do fígado, resultando em excesso de produção de Estradiol (conhecida como “hormona sexual feminina”), com os inconvenientes, riscos e efeitos secundários que acarreta.
- Aplicação tópica – estas formulações ajudam a manter um nível mais uniforme de Testosterona no sangue. A primeira das apresentações tópicas é um adesivo que não evidencia uma regular libertação, além de causar uma elevada incidência de irritação cutânea. Existem aplicações tópicas à base de gel de Testosterona, com doses-padrão, cuja utilização raramente responde à necessidade biológica de cada utilizador. Existe ainda a formulação feita “à medida” das necessidades identificadas em cada paciente. É um preparado manipulado em farmácias com a dose de Testosterona recomendada sob o formato de creme. Mesmo através desta formulação nem sempre se obtém o resultado desejado, obrigando por vezes à prescrição de manipulados em combinação ou mesmo a adotar medidas complementares.
- Via Oral – existe ainda a forma de tratamento com comprimidos de Mesterolona, à qual é atribuída alguma toxicidade hepática. Este método permite otimizar os níveis de DHT – Dihidrotestosterona, que constitui a forma efetivada de Testosterona nos tecidos. A suplementação por esta via não traz o efeito de feedback negativo registado com a suplementação com Testosterona exógena em qualquer das suas formas de aplicação. Por outro lado, os resultados biológico e clínico nem sempre se revelam os desejados.
NOTA: O efeito de feedback negativo é exercido sobre o eixo hipotálamo – hipófise – gónadas e, no caso da suplementação com Testosterona Exógena, traduz-se em redução significativa da produção endógena de Testosterona e em diminuição do tamanho dos testículos.
Está ao alcance do médico experiente e dos seus pacientes a utilização combinada destes diferentes métodos de trabalho na busca da mais eficaz solução para cada homem.
Riscos e Precauções
Quando um homem se revela um forte candidato à otimização com Testosterona é necessário ponderar dois aspetos fulcrais:
1 – A medicação em uso pelo paciente;
2 – A idade e situação clínica deste.
Estes elementos são bastante sensíveis para se definir se é ou não proposto o tratamento de reforço dos níveis de Testosterona. Em caso afirmativo, após ponderação fundamentada entre o clínico e o paciente, equaciona-se e define-se a abordagem a privilegiar.
Ao prescrever-se o tratamento de modulação/otimização hormonal com testosterona, os riscos a ponderar têm em consideração o facto de o organismo do utilizador produzir, ele próprio, testosterona. Esses riscos levam igualmente em linha de conta que o objetivo do tratamento é restaurar a concentração da testosterona para os níveis que possuía quando se sentia no seu melhor potencial, nomeadamente por volta dos 25 anos, procurando essencialmente a condição de saúde ótima sem ficar “preso” aos valores analíticos de referência supostamente ideais.
A própria molécula administrada é idêntica à que os nossos organismos fabricam naturalmente (no caso dos preparados manipulados em farmácia), portanto, tudo deveria acontecer na perfeição, mas por vezes ocorrem desacertos.
Pode registar-se o aumento da oleosidade da pele e, raramente, apneia do sono e ginecomastia (aumento das mamas).
O acompanhamento médico deve ser regular e o intervalo entre consultas mais curto sempre que:
- Se verifique um valor elevado de Hematócrito (passível de acontecer em homens com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica – DPOC ou patologias associadas aos glóbulos vermelhos);
- Se verifique o comprometimento da função renal ou hepática ou algum nível de Insuficiência Cardíaca Congestiva.
Mensagem do Diretor Clínico
O Homem saudável está habituado a SER FORTE E BEM MASCULINO quando jovem e, por vezes, bem para além da juventude.
A determinada altura começa a sentir alterações, embora continue a fazer musculação os seus músculos perdem firmeza e força, a cintura e as mamas ganham volume e flacidez e cansa-se com mais facilidade durante a atividade desportiva. Começa também a identificar uma redução da alegria de viver, da força anímica e do poder do seu sorriso, anteriormente confiante e sedutor. Pior do que tudo, a sua POTÊNCIA SEXUAL começa a esmorecer, bem como a sua motivação e reação à observação de uma mulher bela.
O homem quer CONTINUAR A SER FORTE E BEM MASCULINO e, não gosta nada, mesmo nada, destas alterações.
Se o declínio já está presente há muito tempo, se não está resignado, o homem quer VOLTAR A SER FORTE E BEM MASCULINO
É possível CONTINUAR A SER, ou mesmo, VOLTAR A SER?
A mensagem que vos quero transmitir é de QUE SIM! Este declínio aqui descrito é: EVITÁVEL E REVERSÍVEL
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